O crosslinking da córnea é o tratamento empregado para evitar a evolução do ceratocone. Pacientes em estágios iniciais são melhores candidatos do que aqueles em estágios mais avançados do ceratocone e nem todos os pacientes podem ser submetidos ao procedimento, o que deve ser avaliado de forma criteriosa pelo oftalmologista.

A cirurgia é realizada no centro cirúrgico, com anestesia local (colírios). Durante a cirurgia, é aplicada radiação ultravioleta (UVA) sobre a córnea com vitamina B2 (riboflavina), a fim de promover ligações covalentes no colágeno da córnea (crosslinking – CxL), fortalecendo a córnea e evitando a evolução do ceratocone.

No pós-operatório, o paciente fica com uma lente de contato gelatinosa para proteger e ajudar na cicatrização da córnea por cerca de 5 a 7 dias. Essa lente é retirada pelo oftalmologista no consultório. E é recomendável o uso de óculos com proteção ultravioleta nos primeiros meses após o crosslinking.

Nos primeiros dias, há um desconforto tolerável com o uso de colírios e comprimidos prescritos pelo médico logo após o procedimento. Após a cirurgia, há um embaçamento visual transitório, que melhora após a cicatrização da córnea e a recuperação do paciente. Em alguns casos, pode haver uma pequena melhora da acuidade visual.

O crosslinking é considerado um procedimento altamente eficaz para evitar a progressão do ceratocone. Há diferentes protocolos e o oftalmologista avaliará com o paciente o mais indicado em cada situação.